LUMBALA 1974 - 1ª C.CAÇ. do B.CAÇ. 4212/73 (Abrantes-Angola) Regressados de Angola em Fevereiro de 1975 fizeram a sua reintegração na sociedade civil...uns continuaram os seus estudos,outros voltaram aos seus empregos ou emigraram ou regressaram onde antes tinham estado emigrados... Todos constituiram família...e hoje, já com cabelos brancos ou sem eles, mais ou menos barrigudos, pais de filhos e avós de netos, não podem faltar aos Encontros-Convívio que anualmente se vêm realizando...
sábado, 11 de abril de 2020
Sábado de Aleluia!
Pensamentos...
na quarentena 31.dia...
Sábado de Aleluia!
A rapaziada corria à Igreja para assistir à celebração do meio-dia...
E à exclamação do orador : “ Jesus Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!”
Soltavam-se pombas brancas e a rapaziada tocava as sinetas e campainhas!
Eram outros tempos em que Águeda era um pequeno burgo debruçado em varandas sobre o rio... de gente simples e de uma pequena burguesia de comerciantes e alguma aristocracia que chegou a ter poder no “parlamento”, ficando célebre a frase:
“Águeda é o País!”...
In Retalhosdeaguedaantiga.blogspot.com
By Joao Carlos Breda
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Guerras e guerras...
Houveram outras guerras... e houve uma para onde fomos obrigados a ir... tentam ignorá-la colocando todos esses combatentes no esquecimento... mas para quem por lá passou nunca será esquecida.
Estivemos lá, em Angola, no leste... no Saliente Cazombo, naquele quadrado com fronteiras rectilíneas, que entra pelo Zaire e faz fronteira com a Zâmbia. E foi mesmo aí que estivemos, na fronteira com a Zâmbia, na Lumbala Nova na margem esquerda do Rio Zambeze...
A nossa companhia era a Primeira do Batalhão de Caçadores 4212/73, formado em Abrantes de Abril a Junho de 1973. Voamos para Angola em Julho desse ano e antes de irmos para as terras do leste passamos pela Funda na região de Catete para adaptação aos mosquitos!
Tempos difíceis...
Fomos transportados de Luanda (Grafanil) até Huambo (Nova Lisboa) em viaturas civis, nas carroçarias das camionetas da fruta que abasteciam a capital... depois fomos no Mala, comboio dos CFB - Caminhos de Ferro de Benguela até Teixeira de Sousa (Luau), o fim da linha na fronteira com o Zaire (antigo Congo Belga), e daí rumo a sul ao Cazombo, onde ficou estacionada a CCS do Batalhão... depois já noite seguimos mais para sul na peugada do rio Zambeze e passado o Chilombo, onde os Fuzileiros estavam ancorados, fomos encontrar o nosso refúgio de mais de um ano - a Lumbala! Tivemos uma recepção dantesca, tudo ardia à nossa volta que mais parecia uma cena de Apocalipse Now! Não foi mais do que a alegria extravasada por quem acabava a sua estada e recebia os “piriquitos” que os iam render!
As outras duas companhias do Batalhão ficaram também no saliente, a segunda na Calunda e a Terceira no Cavungo, onde a Rainha dos Luenas, Nana Candundo, tinha sua residência e cabeças de gado...
O saliente era, como dizia o mapa que encontramos pintado na messe de sargentos, “un champ minée”...
Zona de passagem das tropas do MPLA da sua base situada na Zâmbia (região de Chavuma) a pouca distância da fronteira (Caripande) onde a companhia da Lumbala em anos anteriores teve um destacamento, que foi abandonado face aos constantes ataques do outro lado da fronteira, aos quais não se podia replicar por invadir território zambiano.
Muitas patrulhas, operações, colunas... muito sangue, suor e lágrimas derramadas por aquelas inóspitas matas e picadas... muitas histórias para contar quando as gargantas deixarem de gritar a revolta da incompreensão e do esquecimento...
Nesses tempos de antagonismos aconteceu Abril e disseram-nos que a guerra tinha acabado... na verdade não era bem assim, alguns grupos armados quiseram mostrar força e fizeram-nos sofrer...
O MPLA tinha outros planos e sabia bem o queria para Angola... da sua base na fronteira com a Zâmbia escolheu a nossa companhia na Lumbala para estabelecer os primeiros encontros amigáveis...
Corria o mês de Agosto quando na porta de armas surgiu um trabalhador da serração de madeiras com um bilhete para o nosso Capitão...
O Capitão Baptista estava a preparar-se para partir de férias nesse dia e em face do bilhete adiou a partida...
O bilhete era um convite para se deslocar ao fundo da pista de aviação (o Nord Atlas visitava-nos em semanas alternadas) e ter uma conversa amigável com o comandante de esquadrão do MPLA, Camarada Ser Fiel. Assim foi e o nosso Capitão convidou-o a vir ao nosso quartel... o povo da sanzala rodeou-nos... queria saber que futuro aí viria?...
O esquadrão pernoitou essa noite no nosso aquartelamento... nós não pregamos olho! As notícias recentes de Moçambique, deixavam-nos apreensivos... mas tudo correu bem!
Estavam a escrever-se páginas da história de Angola...6 de Agosto de 1974...
Novo encontro amigável se concretizou algum tempo depois, mas desta vez com a presença de diversos Comissários Políticos sob a chefia do Comandante Orlog, comandante da Frente Leste do MPLA (mais tarde foi Ministro da Marinha).
Após estes primeiros passos de relações amigáveis seguiu-se a assinatura do acordo de cessar-fogo entre a direcção do MPLA e representantes do governo e exército portugueses, a 21 Outubro de 1974, no Lunyameje, pondo fim à guerra de quase 14 anos.
terça-feira, 4 de abril de 2017
CONVÍVIO DA
1ª COMPANHIA DO B.CAÇ.4212/73
ANGOLA 1972-1975
ÀGUEDA - 1 DE JULHO DE 2017
Caros amigos,
Será enorme a satisfação de vos poder receber em Águeda no próximo 1 de Julho, sábado, para mais uma jornada de franco e são convívio dos militares, familiares e amigos da 1ª C.CAÇ. do B.CAÇ. 4212/73, que na sua “jornada em Angola” escreveu páginas inolvidáveis...
O programa será o seguinte:
10H30 – Encontro - Concentração na Praça do Município – Arcadas dos Paços do Concelho de Águeda
(Coordenadas GPS Latitude: 40º 34’ 32,2” N Longitude: 8º 26’ 48,3” W )
11H00 – Espumante de Honra e degustação dos deliciosos Pasteis de Águeda...
11H15 – Momento de Oração na Capela de S. Sebastião, de Acção de Graças e de Sufrágio das Almas dos nossos camaradas já falecidos.
12H30 – Deslocação para a Estalagem Quinta do Louredo, Rua Direita 1549, Piedade, Paradela, Águeda.
(Coordenadas GPS Latitude: 40º 33’ 157”N Longitude: 8º 29’ 298” W )
12H55 – Foto de Família na escadaria de entrada
13H00 – Serviço de Aperitivos e Entradas
13H30 – Almoço com a seguinte ementa:
Sopa de Lavrador
Leitão da Bairrada com batata cozida/frita e salada
Sobremesa – Tarte de Águeda
Mesa de frutas e de queijos
Animação musical
17H00 - Bolo comemorativo
17H15 – Passagem do “Lumbala” à nova comissão organizadora.
17H30 - Flute de espumante do “até à próxima”!
Confirmações:
Até ao dia 20 de Junho.
Contactos: Telemóvel 963827924 – a partir dia 7 de Junho...
e-mail: arcop.china@gmail.com
Facebook: Lumbala Angola 1974 https://www.facebook.com/caripande/?ref=page_internal
Blogspot: http://lumbala1974.blogspot.com/
Grande abraço e sejam bem vindos… João Carlos Breda
quinta-feira, 14 de junho de 2012
HISTORIA DE PORTUGAL - Volume XVIII -O Prefacio de J.Verissimo Serrao
- «No drama profundo que avassalou a vida portuguesa entre 1960 e 1974, uma pergunta fará sentido: houve ou não portugueses que aceitaram a autonomia imediata das províncias ultramarinas? Quando se tem presente que os republicanos de formação democrática se puseram ao lado do regime vigente em defesa do Ultramar português, talvez se compreenda melhor a génese do problema ultramarino. Porque as possessões de além-mar faziam parte de um Portugal disseminado pelos quatro cantos do mundo. Nessas longínquas parcelas viviam portugueses de alma e coração e já a I República entrara na Grande Guerra para defender o que considerava pedaços distantes do Portugal europeu. Como poderiam democratas impolutos como o general Norton de Matos, o Dr. Jaime Cortesão, o Engenheiro Cunha Leal e outros que já haviam fechado os olhos, aceitar que as terras de África e do Oriente deixassem de ser portuguesas?
As "campanhas de pacificação", a que os políticos e ideólogos de formação marxista continuam a apelidar de "guerras coloniais", careciam de ser vistas numa perspectiva absolutamente portuguesa. Apenas se pode negociar com os nossos adversários quando a sorte das armas nos coloca na posição de quem possui interesses nacionais a defender. Quanto mais não seja, o sentimento pátrio que qualquer nação forja por sustentar tem uma forte raiz cultural de que um povo consciente nunca prescinde. A concepção neocolonialista que então se gerou contra Portugal deformou a visão da História que cada nação considera um ser próprio fundado nas raízes do passado. Como se Portugal não tivesse o direito a orientar a sua política externa no sentido mais adequado ao seu passado ultramarino!
Que imensa tristeza nos provoca a leitura das 2Quase Memórias2 do Dr. António de Almeida Santos (Volumes I-II, Lisboa, 2006), onde se critica a II República por não ter aceite o processo das independências coloniais. Um advogado de superior craveira põe-se a historiar o passado sem atributos para o fazer, e o resultado fica bem à vista. São lugares-comuns e juízos sem prova, até com o desplante de rebaixar um mestre da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, ousando revelar conversas privadas e o "diz-se" de versões deturpadas. Como é fraco o talento de um abalizado causídico que, em vez de se quedar para sempre em Moçambique, onde lhe estaria reservada a presidência da nova República, voltou à metrópole com os proventos amealhados numa conspiração consentida. E que hoje recolhe as frustrações de quem não soube fazer uma carreira política nesta metrópole onde praticamente ninguém deu pelo seu regresso!»
(Joaquim Veríssimo Serrão, «História de Portugal, XVIII, Verbo, Lisboa 2010)
segunda-feira, 11 de junho de 2012
XIV ENCONTRO - SANTO TIRSO 09.JUN.2012
E uma vez mais se cumpriu a tradição...
Desta vez em Santo Tirso com organização do Martinho Magalhães bem coadjuvado pelo Armando Durães...
A recepção foi no Parque D.Maria I, sobranceiro ao Mosteiro de S.Bento, monumento ex-libris da cidade.
De seguida deslocamo-nos em cortejo até ao Monumento aos Heróis do Ultramar onde depositámos uma coroa de flores em homenagem aos companheiros já falecidos.
O almoço convívio teve lugar no restaurante Campinhos, tendo sido servida uma ementa requintada bem acompanhada pelos vinhos verdes tinto e branco da região...
Da franca camaradagem vivida durante o almoço as fotos que se seguem.
Depois de um pequeno passeio pedestre por algumas artérias da cidade, porque a chuva miudinha não pemitiu muito mais, regressamos ao Campinos onde nos foi servido uma avantajada merenda concluída com o Bolo Comemorativo deste XIV Encontro...
Antes porém a entrega do testemunho - O elefante angolano - aos organizadores do próximo ano, a dupla de Gaia: VIDE e EMÍLIO.
Para o ano lá estaremos!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
MEU IRMÃO... QUANTA SAUDADE...
VIVEMOS AS AGRURAS DO ISOLAMENTO, DA DISTÂNCIA, DA INCÓGNITA NO DIA DE AMANHÃ...
ÉRAMOS TÃO JOVENS E VIVÍAMOS NUMA DESCONSTRAÇÃO MÓRBIDA COMO SE NADA NOS APOQUENTASSE...
QUEIMAMOS A NOSSA JUVENTUDE...
ENTRETANTO VOLTAMOS AO NOSSO CANTINHO PÁTRIO E POR CÁ RECONSTITUÍMOS UMA VIDA...FOMOS FELIZES!
QUIZ O DESTINO, O MALDITO DESTINO QUE A TUA PARTIDA FOSSE ANTECIPADA...
DEIXASTE-NOS ORFÃOS DA TUA ALEGRIA, DA TUA AMIZADE...DO TEU AMOR...
À MILU E FILHOS UM FORTE ABRAÇO.
E A CERTEZA QUE UM DIA TE VOLTAREMOS A ABRAÇAR...
terça-feira, 28 de junho de 2011
7 de Maio ... o desejado encontro...
O autor deste blog não pode estar presente por motivos de uma viagem de negócio à China...
As presentes fotos são de autoria do Zé Ferreira que gentilemte no-las enviou!...
Um outro grande ausente foi o amigo Manuel Lorena, que corajosamente continua a lutar para eliminar o IN...numa das fotos ao ser lembrado nesse encontro o grande abraço enviado pelo Jesus...
Para além da confraternização que correu às mil maravilhas como patenteiam as imagens acima, tempo ainda para um passeio lúdico à Feira Mediaval de Monsanto...a aldeia mais Portuguesa de Portugal (terra natal do saudoso Toscano...).
Nas primeiras imagens pode-se ver o bolo comemorativo e a passagem de testemunho - o Elefante LUMBALA - ao organizador do Encontro 2012!
TERMAS DE MONFORTINHO FOI O PALCO DO NOSSO ENCONTRO 2011... 7 DE MAIO!
...águas termais hipossalinas duma aldeia localizada no sopé da serra de Penha Garcia...
...Termas de Monfortinho o bucolismo termal convidando ao descanso e ao restabelecimento das suas forças...
...no Hotel Boavista, onde a família Pereira a todos trata com dos seus, encontramos o ambiente desejado...
sexta-feira, 11 de março de 2011
ENCONTRO ANUAL - 1ª C.CAÇ./B.CAÇ 4212/73
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
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