LUMBALA 1974 - 1ª C.CAÇ. do B.CAÇ. 4212/73 (Abrantes-Angola) Regressados de Angola em Fevereiro de 1975 fizeram a sua reintegração na sociedade civil...uns continuaram os seus estudos,outros voltaram aos seus empregos ou emigraram ou regressaram onde antes tinham estado emigrados... Todos constituiram família...e hoje, já com cabelos brancos ou sem eles, mais ou menos barrigudos, pais de filhos e avós de netos, não podem faltar aos Encontros-Convívio que anualmente se vêm realizando...
terça-feira, 30 de junho de 2009
Entre 1960 e 1974 estiveram envolvidos nas guerras do ultramar, cerca de um milhão e meio de soldados portugueses. Infelizmente, as razões políticas que se opunham a essas guerras, têm tido até hoje mais força, do que o sacrifício de todos aqueles lhe nelas foram obrigados a participar, e a vozes que se ouvem contando a origem e a história dessas guerras , são infelizmente, as daqueles dos que por objecção de consciência ou por comodidade pessoal, saíram para fora de Portugal e nelas não quiseram participar.
Durante os tempos de Oliveira Salazar, afixaram-se pelas paredes de Portugal, muitos cartazes de propaganda, em que entre muito outras coisas se puderam ler de Camões, canto IV, estrofe XXXIII :
"Dizei-lhe que também dos Portugueses / Alguns traidores houve algumas vezes"
Claro que Camões não se referia ao século XX, mas sim àqueles portugueses, que nos tempos de D. João I, se passaram para o lado de Castela e combateram contra os interesses nacionais de Portugal. É certo que hoje se pode aceitar que para esses portugueses, a noção de respeito pela sucessão dinástica era mais importante que a noção de pátria portuguesa, compreendendo a sua tomada de posição nessas guerras.
O que seria inaceitável, era que esses portugueses que combateram por Castela, tivessem escrito a história lusitana sob o seu ponto de vista, esquecendo ou minimizando aqueles que realmente, combateram e sofreram por Portugal.
Assim os combatentes das guerras do ultramar, deverão deixar de se esconder como se fossem criminosos e gritar orgulhosamente como os espartanos de Leónidas - dizei a Portugal, que morremos, por obedecer às suas ordens -.
Nota do autor: Este artigo foi retirado da internet "in Memórias da Guerra 1961-1974".
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